Hoje decidi escrever um
pouco sobre cada um dos candidatos à Presidência do Brasil, que no total somam
11 nomes. Existem nomes que eu nem conhecia direito e outros que eu não esperava
que fosse encarar este desafio, mas quem sabe não é para se fazer conhecido
nacionalmente para um futuro político, não é mesmo?!
Vejamos:
Dilma Rousseff
Filha do imigrante
búlgaro Pedro Rousseff e da professora Dilma Jane da Silva, Dilma Vana Rousseff
nasceu em 14 de dezembro de 1947, na cidade de Belo Horizonte (MG) e tem dois
irmãos: Igor e Zana. Passou a infância e a adolescência em Minas e, aos 16
anos, começou sua militância no movimento estudantil e, posteriormente, no
combate ao regime militar. Em 1970, é presa e condenada por “subversão” a seis
anos de prisão. Passa quase três anos no presídio Tiradentes.
Depois da prisão, se muda para
Porto Alegre (RS) em 1973 e retoma sua atividade política, dessa vez dentro da
legalidade e em vertentes ligadas ao então MDB. A carreira política,
propriamente dita, começa na década de 1980, quando se torna assessora da
bancada do PDT — partido que ajudou a fundar — na Assembleia Legislativa do Rio
Grande do Sul.
Foi secretária de Fazenda de Porto Alegre
(1986-1988), presidiu a Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul
(1991-1993) e Secretária Estadual de Energia, Minas e Comunicação do RS
(1993-1994). Com a eleição de Olívio Dutra (PT) em 1999, volta ao cargo.
Na década de 2000 a carreira política de Dilma toma
outro rumo, agora no governo federal. Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), que assumiu a Presidência da República em 2002, Dilma é chamada pelo
presidente para assumir o Ministério de Minas e Energia.
Marina Silva
Em quase 30 anos de vida pública, Marina Silva
ganhou reconhecimento dentro e fora do país pela defesa da ética, da
valorização dos recursos naturais e do desenvolvimento sustentável. Uma
reputação construída em mandatos de vereadora, deputada estadual e senadora –
eleita sempre com votações recordes – e no período em que esteve à frente do
Ministério do Meio Ambiente, entre janeiro de 2003 e maio de 2008. Nos cinco
anos e quatro meses no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a
ser vista também como gestora competente.
o final de 2007, o jornal britânico “The Guardian”
incluiu a então ministra entre as 50 pessoas que podem ajudar a salvar o
planeta.
Filiada ao PT, Marina disputou seu primeiro cargo
público em 1986, ao concorrer a uma vaga
na Câmara dos Deputados. Ficou entre os cinco mais votados, mas o partido não
atingiu o quociente eleitoral mínimo exigido.
Os sucessos eleitorais de Marina começaram dois anos depois, ao se eleger
vereadora, a mais votada de Rio Branco. Uma de suas primeiras manifestações foi
devolver o dinheiro de gratificações, auxílio-moradia e outras mordomias que os
demais vereadores recebiam sem questionamento. Com atos como esse, atraiu a ira
dos adversários políticos ao mesmo tempo em que obtinha um reconhecimento
popular que se manifestou na eleição seguinte, em 1990, quando se tornou
deputada estadual, novamente com votação recorde. Em 1994, aos 36 anos, chegou
a Brasília como a senadora mais jovem da história da República. Foi reeleita em
2002, com votação quase três vezes superior à anterior.
Em 19 de agosto de 2009, deixou o PT e onze dias depois, anunciou sua filiação
ao Partido Verde (PV). Em 2010, Marina Silva disputou a Presidência da
República pelo PV, chapa que contava com o empresário Guilherme Leal como
candidato a vice.
Depois de muitas reuniões, Marina e o governador
Eduardo Campos, presidente do PSB, anunciaram ao país uma aliança “para
aprofundar a democracia e construir as bases para um ciclo duradouro de
desenvolvimento sustentável”, segundo a nota divulgada durante o evento
realizado sábado (5) em Brasília.
Em 3 de julho de 2014, os dois registram suas candidaturas
ao TSE e entregam uma cópia das diretrizes do futuro programa de governo. O
documento aponta para três objetivos principais. O primeiro é manter as
conquistas das últimas décadas e fazê-las avançar. O segundo é a criação de
mecanismos para aprofundar a democracia brasileira. E o último é construir as
bases para um ciclo duradouro de desenvolvimento sustentável.
Morte de Eduardo Campos
Eduardo e Marina se dedicam nas semanas seguintes a
apresentar aos brasileiros as propostas da coligação para a criação de um
Brasil mais justo, próspero e sustentável. Até que, em 13 de agosto, ocorre a
tragédia que comove o Brasil. O Cessna que conduzia Eduardo Campos para um
evento da campanha cai na cidade de Santos (SP). Morrem o candidato a
presidente da República e seus assessores Pedro Valadares, Carlos Percol,
Alexandre Severo Gomes da Silva e Marcelo Lyra, além dos pilotos Geraldo da
Cunha e Marcos Martins. Os brasileiros choram e repetem a frase de Eduardo:
“Não vamos desistir do Brasil”.
Em 20 de agosto, a Executiva Nacional do PSB confirma Marina Silva como
candidata à Presidência da República pela Coligação Unidos pelo Brasil. O
candidato a vice-presidente é o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS).
“Vamos levar adiante nossa missão. Devemos isso a Eduardo e ao povo
brasileiro”, afirma a ex-senadora durante discurso para as lideranças do PSB.
Aécio Neves
Filho de Aécio Cunha e Inês Maria, Aécio Neves da
Cunha nasceu no dia 10 de março de 1960 em Belo Horizonte (MG) em uma família
que ganhou destaque na política nacional. Aécio é neto de Tancredo Neves,
eleito indiretamente à Presidência da República em 1985 e que não chegou a
assumir o cargo porque morreu na véspera da posse em decorrência de
diverticulite.
Os primeiros passos na política começam ao lado do
avô em 1981, quando trabalhou na campanha para o governo de Minas. Dois anos
depois, se torna secretário particular de Tancredo no governo do Estado. Em
1984, formado em economia pela PUC-RJ, Aécio mergulha na campanha das Diretas
Já, que pedia voto direto para a Presidência, e ajuda na campanha presidencial
do avô. Com a morte de Tancredo, em 1985, assume uma diretoria da Caixa
Econômica Federal
Aécio ganhou sua primeira eleição em 1986 para
deputado estadual onde permaneceu até 2002, quando foi eleito Governador do
estado de Minas Gerais, sendo reeleito em 2006 e em 2010 eleito o senador mais
votado da história de MG com mais de 7,5 mi de votos.
Luciana Genro
A professora de inglês e advogada Luciana Genro
concorre pela primeira vez à Presidência, já é experiente em cargos nacionais.
Ela já foi eleita deputada federal para dois mandatos: de 2003 a 2007 e de 2007
a 2011. Na primeira vez, pelo PT. Já pela segunda vez, pelo PSOL, partido do
qual faz parte até hoje.
Filha de Tarso Genro (PT), atual governador do RS, a
política não seguia a mesma corrente partidária do pai. No primeiro ano do
mandato de Lula, em 2003, entrou em conflito com o governo por não concordar
com a corrente majoritária dentro do Congresso. Por votar contra reformas
propostas pelo partido, acabou sendo expulsa dele, junto aos também deputados
Babá, Heloísa Helena e João Fontes.
Eduardo Jorge
Baiano de Salvador (BA), o médico Eduardo Jorge
Martins Alves Sobrinho nasceu em 26 de outubro de 1949, tem 65 anos e exerceu
por quatro vezes o mandato de deputado federal pelo PT, de 1983 a 2003, ano em
que filiou-se ao PV. Sua carreira política teve início em 1968, quando,
estudante, ingressou no Partido Comunista Brasileiro Revolucionário.
Filho de paraibanos, formou-se em medicina em João
Pessoa, em 1973, com residência em medicina preventiva na Faculdade de Medicina
da USP, concluída em 1975. Em São Paulo atuou nos movimentos populares de saúde
— mobilização que teve grande influência na criação do SUS, em 1988. Dois anos
depois, foi secretário da Saúde da cidade de São Paulo, na gestão Luiza
Erundina. Em 2001, voltou ao cargo, durante o governo de Marta Suplicy.
Já no PV, Eduardo Jorge participou das duas gestões
seguintes à de Marta, como secretário do Verde durante os mandatos de José
Serra e Gilberto Kassab.
Em seu programa de governo, Eduardo Jorge defende o desenvolvimento
sustentável. “Desenvolvimento sustentável não significa estagnação ou
retrocesso na qualidade de vida. Pelo contrário, é melhoria da qualidade de
vida feita de forma equilibrada, inclusive superando as inaceitáveis diferenças
extremadas no nível de vida dentro dos países e entre os países”, diz o texto.
Mauro Iasi
Nascido em 10 de fevereiro de 1960 em São Paulo, Mauro Luís Iasi é formado em história pela PUC-SP, é mestre e doutor em sociologia pela USP e atua como professor adjunto da escola de Serviço Social da UFRJ.
Pai de três filhos, ajudou a fundar o PT na década de 1980. Deixou o PT em 2004
e migrou para o PCB. Em sua trajetória, participou do grupo Luta (Liberdade e
União para o Teatro Amador), que montava peças proibidas pela ditadura para
universitários e movimentos sociais na década de 1970.
Em 2006, Iasi disputou
as eleições como candidato a vice-governador na chapa de Plínio de Arruda
Sampaio (PSOL). A dupla conseguiu menos de 2,5% dos votos válidos e acabou
derrotada por José Serra (PSDB), que venceu o pleito ainda no primeiro turno
com quase 58% dos votos.
As principais bandeiras defendidas por Iasi para chegar à Presidência da
República surgiram a partir das manifestações de rua de junho de 2013. Entre os
temas que permeiam sua agenda estão o fim da polícia militar e discussão da
participação dos black blocs nos protestos.
O programa de governo
do comunista inclui, entre outras propostas, a “imediata reversão das
privatizações e estatização de setores estratégicos como energia, comunicação,
mineração, recursos naturais, transporte e logística de distribuição e
produção”.
Rui Costa Pimenta
Rui Costa Pimenta
Nascido em 25 de junho
de 1957, Rui Costa Pimenta tentará pela terceira vez a Presidência da
República. O presidente Nacional do PCO (Partido da Causa Operária) teve a
candidatura indeferida em 2006, mas em 2010 conseguiu concorrer no pleito
nacional.
Pimenta é professor de
inglês, tradutor e jornalista. Formado pela faculdade Cásper Líbero em
jornalismo, abandonou o curso de letras clássicas (Latim e Grego) e Português
pela Faculdade de Letras da USP (Universidade de São Paulo) devido à militância
política.
Foi dentro da própria
USP onde Pimenta iniciou sua vida política, quando se tornou diretor do Centro
Acadêmico de Estudos Linguísticos e Literários da faculdade de letras e
participou ativamente do movimento estudantil. Em 1979, participou do processo
de fundação do PT. Seis anos mais tarde, foi eleito diretor da CUT (Central
Única de Trabalhadores) da grande São Paulo. A partir de 1984 já atuava como
assessor de imprensa da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e de diversos
sindicatos.
Alguns anos depois, ele liderou a criação do que se
tornou o PCO. Pela legenda, Rui Costa Pimenta se candidatou a vereador, em
1996, deputado federal, 1998, e prefeito de São Paulo, em 2000. Entre suas
principais bandeiras de governo estão a defesa da "tribuna de defesa da
revolução e do socialismo" e o ataque à "esquerda pequeno burguesa à
reboque da direita golpista".
Zé Maria
Candidato pela quarta vez à Presidência da
República, o candidato José Maria de Almeida levará mais uma vez as ideias do
PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) para as eleições
nacionais.
Com o lema "contra burguês, vote 16!", Zé
Maria, como é conhecido, terá uma campanha focada no socialismo e com foco nos
trabalhadores com renda mais baixa do que a média geral. Fundou o PSTU no
começo da década de 1990 também após divergências com o PT. Dois anos depois da
crise, fundou o PSTU, em 1994. Do interior de São Paulo, Zé Maria costuma se
colocar como alternativa aos outros candidatos.
A primeira vez que concorreu ao Planalto foi em
1998. Em 2006 chegou a ser cotado para ocupar a vaga de vice na chapa de
Heloísa Helena (PSOL). No entanto, as duas legendas não entraram em acordo e o
PSOL optou por uma chapa puro-sangue.
Levy Fidélix
José Levy Fidelix da
Cruz participou de todas as eleições desde 1986. Já tentou os cargos de
prefeito e vereador de São Paulo, de governador do Estado e de deputado
federal. Nunca foi eleito. Ao anunciar que disputaria a Presidência neste ano,
demonstrou confiança: “E se eu for a surpresa?”
Nascido em Mutum, Minas Gerais, em 1951, Levy entrou para a política na década
de 1970. Foi um dos fundadores do PL, partido no qual permaneceu até fundar o
atual PRTB, em 1993. Jornalista, escreveu para o Correio da Manhã e para o Última
Hora, famosos jornais do Rio.
A proposta do aerotrem, um transporte de massa nos moldes do monotrilho,
acompanha Levy Fidelix desde 1996, época em que se candidatou à Prefeitura de
São Paulo. A ideia está presente em seu atual programa de governo. O candidato
pretende renovar a malha ferroviária nacional, ampliando também a rede
transporte sobre trilhos nas grandes cidades.
Em 2010, quando também concorreu à Presidência, obteve 58 mil votos, ficando na
sétima colocação entre nove candidatos.
Eymael
Mais velho candidato à Presidência, com 74 anos,
José Maria Eymael (PSDC) disputa o cargo pela quarta vez — na última, ficou em
quinto lugar, entre nove candidatos, com 89 mil votos. Sua marca, há quase 30
anos, é o jingle “Ei, Ei, Eymael / Um democrata cristão”. A música foi lançada
pela primeira vez em 1985, quando o candidato disputava a Prefeitura de São
Paulo.
A história de Eymael na política, porém, começa bem antes, em 1962 — época em
que entrou para o antigo PDC (Partido Democrata Cristão). Após refundar o
partido, extinto pela ditadura militar, em 1996, o candidato foi eleito
deputado federal por São Paulo, com 72 mil votos. Quatro anos mais tarde, foi
reeleito. Em 1995, participou da criação do PSDC (Partido Social Democrata
Cristão).
Em seu programa de governo, Eymael ressalta a
importância de “cumprir e fazer cumprir a Constituição”. “A força das grandes
Nações está no respeito à Constituição”, diz o texto.
Empresário, nascido no Rio Grande do Sul, pai de dois filhos e formado em
direito e história natural pela PUC–RS, Eymael é o candidato mais abastado.
Possui, segundo declaração ao TSE, R$ 17 milhões em patrimônio.
Pr. Everaldo
Vice-presidente nacional do PSC, Everaldo Dias
Pereira nasceu em 22 de fevereiro de 1956 no Rio de Janeiro, tem 58 anos e
despontou como surpresa nas primeiras pesquisas de intenção de voto de 2014,
aparecendo em quarto lugar — atrás apenas de Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves
(PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Militante político desde o início da década passada, quando se filiou ao
partido, Everaldo defende um Estado enxuto e valores da família. Em seu
programa de governo, constam o “combate à prática do aborto enquanto recurso
paliativo de uma política inconsequente de planejamento familiar” e a
“desburocratização do processo de adoção de crianças abandonadas”
Em 2010, Everaldo disputou o cargo de 2º suplente do
candidato a senador Jorge Picciani, do PMDB, mas não foi eleito.
Atuário, formado pela Faculdade de Economia e Finanças do Estado do Rio de
Janeiro, o candidato é pastor da Assembleia de Deus. Casado com Ester Batista,
Everaldo em três filhos.
Estão aí listados os 11 presidenciáveis em 2014 para a apreciação de vocês, cabe agora a cada um escolher e votar de acordo com os ideais que buscam para o nosso país. Eleitor consciente e voto consciente podem fazer a diferença em um país...
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